a opupação dos idiotas da subjetividade

suponhamos que você esteja, um dia, de passagem pela av. paulista e me pergunta: “olha, eu conheço nélson rodrigues e gostaria de visitar uma exposição que não me acrescentasse nada sobre o tema”. eu lhe recomendaria a exposição do itaú cultural.

agora, suponhamos uma outra situação: você está, um dia, de passagem pela av. paulista e me pergunta: “olha, eu não conheço nada sobre nélson rodrigues e gostaria de visitar uma exposição que me apresentasse apenas os estereótipos sobre o autor. eu lhe recomendaria a exposição do itaú cultural.

dentre os vários personagens criados por nélson rodrigues está o idiota da objetividade, aquele que determina que tudo deva ter uma função, tudo deva ser focado na eficiência. assim, a exposição só pode ter sido feita por idiotas profissionais e juramentados da objetividade. veja, achar que uma exposição que cabe no meu banheiro é o suficiente pra retratar nélson rodrigues é ser pretencioso demais. uma exposição mínima sobre ele deveria ser instalada no maracanã. afinal, não se pode misturar as crônicas, os contos, as novelas, os romances, o cinema e o teatro numa coisa só.

além disso, os idiotas da objetividade analisaram o autor apenas sobre o seu aspecto maldito. deve-se pensar no nélson rodrigues como o reacionário mais revolucionário, como o autor que questionou verdades ditas universais e que, principalmente, usou e abusou do senso de humor

então, se alguém quiser uma exposição que não valha nada, recomendo a do itaú cultural.

ah, esqueci, o folheto da exposição é muito bom!

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